A farsa dos sem teto
De repente, não mais que de repente vejo minha rua tomada de "sem tetos". Eles chegam em bando, abrem buracos no muro do terreno vizinho e entram empunhando ferramentas, lonas pretas, e pequenos pedaços de madeiras que são usados como marcadores. Como um câncer, a invasão se espalha rapidamente pelas áreas vizinhas, assumem a área que rodeia a escola, o terreno da Eletropaulo e ao redor de todos os espaços que parecem livres. E como num passe de magica, um exercito enlouquecido de pessoas desconhecidas, se engalfinham, se cooperam, disputam e constroem toscos barracos de madeiras, numa estrutura sem forma, sem planejamento, sem nexo nem plexo. Um cidadão tenta argumentar que a área que estão invadindo lhe pertence e é ameaçado com palavras de ordem como "Você tem casa pra morar e eu não!" rodeado por um bando mal encarado que ameaça invadir sua casa se ele não ficar na "miúda". O curioso é que o autor da frase tem casa, é dono de um pequeno comércio de gá...